O ciclo sem fim da pobreza no nordeste: A miséria sem fim no nordeste do Brasil



Mais de 10 milhões de brasileiros deixaram a pobreza no ano passado, com a recuperação do mercado de trabalho após a retração da pandemia, e a injeção de recursos pelo governo federal, graças ao Auxílio Brasil.

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Estudo do Instituto Jones dos Santos Neves, vinculado ao governo do Espírito Santo, revela que o número de estados do país com mais da metade da população na faixa da pobreza caiu de 14, em 2021, para 9 – todos nas regiões Norte e Nordeste.


 As informações analisadas saíram da pesquisa PNAD Contínua, do IBGE, que inclui os benefícios sociais na renda, além do rendimento pelo trabalho.

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Ainda assim, um terço da população se encontrava na pobreza em 2022, após chegar perto de 40% em 2021. 

O contingente de pobres caiu de mais de 81 milhões para quase 71 milhões de pessoas no país inteiro. Ao lado da Paraíba, de Alagoas, do Ceará, do Maranhão, do Piauí e da Bahia, Pernambuco é um dos estados que possuem mais da metade dos cidadãos em situação de pobreza.




 Completam a lista dos mais pobres o Amazonas e o Acre. De acordo com o levantamento, mais de 53% dos pernambucanos estavam na faixa de menor poder aquisitivo – e pior qualidade de vida – no ano passado.

 Um desafio e tanto para Raquel Lyra e Priscila Krause, que assumiram o Palácio do Campo das Princesas em janeiro, entre outras expectativas, com a missão de reduzir a abissal desigualdade em nosso estado.

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A dimensão da pobreza nordestina, que supera metade das populações em sete estados, denuncia a permanência da desigualdade num Brasil de contrastes e abismos. Retirante do Nordeste, o presidente da República tem o poder para governar para quem mais precisa. 

E diminuir a distância social e econômica manifesta em diferença regional. A maioria da população nordestina, presidente Lula, não está precisando de carro – mesmo que se anuncie um programa de isenção de impostos, beneficiando a indústria automobilística, sob a alcunha de carro popular. 

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A maioria da população nordestina é de pobres, preocupados com a refeição do dia, a escola e a saúde dos filhos, a falta de transporte coletivo decente, a insegurança e a moradia precária, muitas vezes em áreas de risco.




Enquanto isso, no Sul e no Distrito Federal, a pobreza fica abaixo de 20%. Na unidade mais populosa da federação, São Paulo, o índice recuou de 24% para 20%, apesar da visível deterioração na ocupação das ruas por miseráveis na capital paulista.

 Vale destacar que a linha de pobreza estipulada no estudo tem por referência valores do Banco Mundial, o que significa, para os brasileiros, uma renda per capita de cerca de R$ 665, e a extrema pobreza em R$ 208 por indivíduo.

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 Para os pesquisadores, a tendência é que a pobreza siga sendo reduzida, com o Bolsa Família no lugar do Auxílio Brasil.

Para o povo do Nordeste, no entanto, há necessidade de políticas públicas diferenciadas, visando a superação da pobreza e da miséria, a melhoria da infraestrutura, a abertura de oportunidades e o impulso ao desenvolvimento. O nordestino quer vida nova – e não, carro novo. 


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