Uma idosa alega que teve o rosto desfigurado após ser agredida por uma uma advogada em uma avenida do bairro de Rio Doce, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.
Rosa Helena da Silva, de 60 anos, contou em entrevista exclusiva ao programa Por Aqui da TV Jornal, que não sabe ao certo o motivo da agressão. Segundo a vítima, ela estava passeando com o cachorro quando foi atacada pela mulher.
O momento foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens é possível ver a mulher batendo na idosa com socos e tapas. O caso ocorreu na última quinta-feira (30).
"Não teve nada que eu fizesse para ela fazer o que ela fez. Não houve nada, houve o xingamento dela com meu cachorro e a agressão dela", revelou a vítima.
Após o ataque, Rosa foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Tabajara e foi até a Delegacia do Varadouro e passou por exame de corpo e delito.
BOLETIM DE OCORRÊNCIA
No Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela suspeita, Rosa aparece como autora das agressões e constam informações de que a violência foi cometida de forma mútua, todavia, a idosa alega que não teve chance de defesa. "Não teve condições, foi muito rápido", comentou.
Além disso, no documento a idosa consta como agressora e a advogada como a vítima.
O irmão da vítima revela que na delegacia o delegado informou que já conhecia a suspeita pelo fato dela ser advogada criminalista.
"Ele falou que não era amigo íntimo, mas conhecia a advogada porque ela sempre estava ali pela delegacia. Ele escutou a mim e meu irmão e disse que iria dar seguimento", contou o irmão.
Ele falou que também pediu que o delegado trabalhasse de forma isenta pois a suspeita levou quatro advogados para a delegacia. "Parecia uma reunião da OAB", disse.
PROVOCAÇÕES
A idosa revela que a mulher estava atiçando o seu cachorro contra o cão da vítima.
"Meu cão não fez nada. Tudo que ela disse comigo, eu disse com ela", contou.
FERIMENTOS
"Ela começou a me bater e eu não tive reação porque foi muito rápido. Quando meu nariz começou a sangrar eu fiquei surpresa, porque não tinha motivos aquilo. Fiquei com medo. E eu não tinha razão daquilo", contou.
Após o ocorrido, a idosa conta que ficou traumatizada e tem medo de sair de casa. "Eu tenho medo que ela venha me agredir novamente". Vítima e agressora moram no mesmo bairro.
SALVA PELA POLÍCIA
Segundo a idosa, os danos não foram piores porque no momento da agressão passou uma viatura da Polícia Militar (PM). "Se não fosse os PM's ela tinha me matado. Ela foi violenta comigo".
POLÍCIA CIVIL
A Polícia Civil de Pernambuco informou que lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por agressão mútua e que o caso está sendo investigado.
A advogada foi procurada pela equipe de reportagem da TV Jornal, mas não quis se pronunciar.
*Com as informações TV Jornal
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