Rio transborda e inunda casas na cidade de Branquinha, em Alagoas — Foto: Erik Maia/g1
Subiu para 51 o número de cidades de Alagoas em situação de emergência por causa das chuvas. O número foi atualizado por meio de um decreto do Governo do Estado publicado em edição especial do Diário Oficial na noite de sábado (2). Rios transbordaram e inundaram ruas e casas, deixando diversas famílias desalojadas.
A Defesa Civil Estadual ainda não tem um balanço do número de famílias que tiveram que deixar suas moradias, mas informou que 29 municípios estão em sirtuação mais crítica, com acessos completamente alagados, rodovias interditadas e serviços de água e energia comprometidos. Não foi registrada nenhuma morte neste fim de semana.
Quem teve que deixar suas casas às pressas sofre sem saber o que vai encontrar quando a água baixar. Os moradores de Atalaia, uma das cidades em emergência, relatam que o nível da lagoa subiu muito rápido.
"A água chegou de repente, invadindo, invadindo. A gente teve que pedir ajuda para tirar as coisas de dentro, mas não conseguiu. Nem a roupa a gente vai pegar porque não tem como entrar [em casa]", lamentou Fabrício Delane Ferreira de Almeida, que teve sua residência inundada.
O governador Paulo Dantas (MDB) afirmou que o Estado colocou três helicópteros e 10 botes à disposição para assistência aos municípios. “Vamos distribuir cestas básicas, água, colchões e produtos de higiene; e continuar pagando o Auxílio-Chuvas às famílias desabrigadas e desalojadas”.
Serviços de água e energia comprometidos
Os municípios de Japaratinga e Maragogi também estão com o fornecimento de energia afetado em algumas localidades, em decorrência das chuvas. A distribuidora explica que o atual cenário dificulta o acesso e a execução dos serviços de normalização de forma segura.
Já a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informou que 19 municípios da Bacia Leiteira estão com abastecimento de água suspenso em virtude da qualidade da água nos pontos de captação do Rio São Francisco.
Segundo a companhia, as chuvas intensas dos últimos dias levaram grande quantidade de lama e sedimentos para o rio, deixando a água imprópria para tratamento e distribuição aos moradores. A empresa afirma que espera que o nível das águas diminua para inicar uma operação que deve normalizar o serviço.
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