O caso foi descoberto em abril deste ano, após uma denúncia sigilosa chegar ao Ministério Público do Trabalho.
Leonardo Osório foi o procurador que participou do resgate e revelou a situação que a vítima foi encontrada.
"Ela foi colocada como membro da família, mas ela não era. Uma situação que a gente enquadra como trabalho escravo doméstico. Ela tinha dificuldade até do próprio conhecimento do mundo. Ela me informou que não sabia do valor do dinheiro porque ela não era remunerada", contou.
A doméstica nunca teve acesso à educação, não saia de casa, e sequer tinha a posse dos próprios documentos. O que caracteriza a situação de escravidão.
"Nos últimos anos, por conta da sua condição de vida, ela estava cada vez mais reclusa, com pouco contato das questões fora do seu local de trabalho", revela Osório.
INDENIZAÇÃO
O Ministério Público do Trabalho determinou que a doméstica recebesse uma indenização de R$ 250 mil, valor correspondente ao tempo em que prestou serviços á família.
Apesar do acordo, os patrões não aceitaram realizar a contração formal da doméstica.
Atualmente ela aguarda na casa de parentes o recebimento do valor para dar os próximos passos, dessa vez, em liberdade.
0 Comentários